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Cultura para Todos!

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'Um Músico, Um Mecenas 2016' - 5.º Concerto

O concerto de agosto do ciclo de instrumentos históricos “Um Músico, Um Mecenas” realiza-se em torno da tiorba Matheus Buchenberg (1608) da coleção do Museu Nacional da Música. Tendo por base um programa intitulado "Toccate e Partite - Musica per tiorba tra la Roma e la Bologna del Seicento", o concerto será conduzido pelo tiorbista italiano Pietro Prosser. Apoio: Instituto de Cultura Italiano. Entrada livre.

 

 

SOBRE A TIORBA BUCHENBERG DO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA

 

A tiorba (inv. n.º MM 252) foi construída em Roma, em 1608, pelo alemão Matheus Buchenberg, famoso construtor de alaúdes e tiorbas (ou chitarrones, como também eram conhecidos naquela região). Trezentos anos depois, em 1903, Alfredo Keil adquiriu este e outros instrumentos musicais (que actualmente também fazem parte do espólio deste museu) a Louis Pierrard, construtor e restaurador belga. Fê-lo através do seu filho, Luís Keil, que visitava os instrumentos, os descrevia ao pai através de cartas e fotografias, e tratava de agilizar a expedição dos mesmos para Lisboa.

 

A tiorba que este ano celebra 408 anos de existência sofreu várias intervenções ao longo dos tempos. Há um restauro de 1810, a que se seguiram outros dois, já no século XX: um em 1903, e o de Gilberto Grácio, em 1978. Neste último, o instrumento não ficou tocável, mas o braço, que se encontrava descaracterizado, foi modificado segundo o plano de um instrumento de Buchenberg pertencente à colecção do Victoria & Albert Museum. Em 2014, no âmbito do ciclo Um Músico, Um Mecenas, e através do patrocínio de um particular (Agostinho da Silva, administrador do Grupo CEI-Zipor), foi finalmente possível recuperar-se o som desta tiorba. O restauro esteve ao cargo do construtor e restaurador de cordofones Orlando Trindade. Foram corrigidas, com êxito, as deficiências que o instrumento apresentava ao nível da caixa e do braço.

 

Além da tiorba exposta no Museu da Música, existem alguns exemplares semelhantes de Matheus Buchenberg em museus europeus, nomeadamente um no MIM (Museu Instrumental de Bruxelas), outro no Museu da Música em Paris, um em Itália, em Florença, no Museu Bardini. e o de Londres, no Victoria and Albert Museum.

 

 

SOBRE O MÚSICO-MECENAS - PIETRO PROSSER

 

Già impressionato a 10 anni da un'esecuzione di musica Quattrocentesca, poi a 15 anni dalle intavolature incontrate nello studio di chitarra completato al Conservatorio di Riva del Garda nel 1989, infine a 20 anni dagli strumenti incontrati in un coro dedicato alla 'musica antica', si è laureato in Musicologia alla Facoltà di Musicologia (Cremona) dell’Università di Pavia e diplomato in liuto al Conservatorio ‘S. Cecilia’ di Roma nel 2001 con A.Damiani.

 

Diventato quasi senza volerlo liutista freelance, nella sua carriera collabora con svariati gruppi 'storicamente informati' italiani (Baroque Bozen Orchestra, L'Arte dell'arco, Orchestra Barocca di Venezia, Accademia Bizantina, Ensemble Zefiro) e vari gruppi stranieri (Capella Savaria - Ungheria, Collegium 1704 - Praga, Piccolo Concerto - Vienna), sopravvivendo anche a numerose orchestre moderne qualora affrontino il repertorio antico (Wiener Symphoniker, Hamburgische Stadtsoper, Camerata Bern, I Solisti Veneti, Orchestra da Camera di Mantova, Orchestra del Teatro Regio di Torino).


Schivo del commerciale, del dilagante cross-over (ma non senza aver sperimentato con successo la eventi come il Festival di Berchidda a fianco di Paolo Fresu e Uri Caine, o l'International Lute Meeting di Atene a fianco dei maggiori oudisti di cultura araba), superate innumerevoli riprese video e un centinaio di registrazioni audio (maggiormente affezionato ai doppi-concerti per mandora, scacciapensieri e archi di J.G.Albrechtsberger, esempio del repertorio di suo maggiore interesse musicale e musicologico, per il quale è riconosciuto a livello mondiale e ospite fisso presso la Deutsche Lautengesellschaft), innamoratissimo degli infiniti e mutevoli orizzonti mutevoli montani dove è nato (dalla cui assidua frequentazione e studio storico di fatiche e rinunce trae continui parallelismi e vitale ispirazione musicale), ha deciso da qualche tempo di dedicarsi esclusivamente all'esecuzione dal vivo, insostituibile mezzo di trasmissione umana della musica.

 

 

PROGRAMA

 

"Toccate e Partite - Musica per tiorba tra la Roma e la Bologna del Seicento"

 

A tiorba constitui, no início do séc. XVII, um interessantíssimo meio de experimentação técnica e compositiva, contribuindo para o abandono da forma clássica renascentista. Piccinini, Meli e sobretudo Kapsberger eram na época celebrados como virtuosos deste instrumento, cuja invenção terá suscitado um espanto análogo ao das primeiras experiências Gibson na guitarra elétrica.

 

GIOVANNI GIROLAMO KAPSBERGER (c.1580 – 1651)
- Toccata I (4. libro 1640)
- Passacaglia (I-Rvat, Ms. XLVII.16, attribuito)

 

ALESSANDRO PICCININI (1566 – c.1638)
- Toccata VIII (1. libro 1623)
- Partite variate sopra quest’Aria francese detta L’Alemana (1. libro 1623)
- Corrente VI sopra L’Alemana (1. libro 1623)

 

PIETRO PAOLO MELI (1579 – post 1623)
- Capriccio detto Il Geloso (5. libro 1620)
- Signora Anzoletta.Gagliarda (5. libro 1620)
- Corrente detta la Favorita (5. libro 1620)

 

GIOVANNI GIROLAMO KAPSBERGER
- Piva (4. libro 1640)
- Toccata seconda arpeggiata (1. libro 1604)
- Bergamasca (4. libro 1640)

 

BELLEROFONTE CASTALDI (1581-1649)
- Lusinghevole passeggio (Capricci 1626)
- Un bocconcino di fantasia (Capricci 1626)

 

ALESSANDRO PICCININI
Tenore detto Il Mercatello (1. libro 1623)
Corrente detta Nasazzo fatta sul Mercatello (1. libro 1623)
Toccata X (1. libro 1623)

 


SOBRE O CICLO «UM MÚSICO, UM MECENAS»

 

"Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos de entrada livre organizado pelo Museu Nacional da Música e que tem como objetivo divulgar o importante acervo do Museu, dando voz a tesouros nacionais e instrumentos de valor histórico único da sua coleção, considerada uma das mais ricas da Europa.

 

Os concertos deste ciclo são autênticas viagens a este espólio, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, que dão a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.

 

A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu Nacional da Música e os Mecenas do ciclo (músicos, construtores / restauradores e outros parceiros).

 

 

«UM MÚSICO, UM MECENAS 2016»

 

30 de Abril
Violoncelos de Joaquim José Galrão (1769 e 1781)
Raquel Reis e Martin Henneken
Sonatas para violoncelo e baixo contínuo de Francesco Geminiani (1687-1762)

18 de Maio
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725) e piano Bechstein (1925)
Levon Mouradian e Marina Dellalyan
Schubert, Schumann e Manuel de Falla

 

25 de Junho
Viola da Gamba Pieter Rombouts (1.ª metade do séc. XVIII) e Cravo Antunes (1758)
Sofia Dinis e Flávia Castro
Música Europeia sem fronteiras

 

30 de Julho
Clavicórdios do séc. XVIII
José Carlos Araújo
Música Ibérica do séc. XVIII

 

6 de Agosto
Tiorba Matheus Buchenberg (1608)
Pietro Prosser (Itália)
Toccate e Partite - Musica per tiorba tra la Roma e la Bologna del Seicento

 

10 de Setembro
Violoncelo Dinis (1797) e Órgão Fontanes (1780-90)
Diana Vinagre e Miguel Jalôto
Bolonha 1689 - O despertar do violoncelo

 

1 Outubro
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725) e piano Bechstein (1925)
Marco Pereira e Joana David
Beethoven e Brahms

 

22 de Outubro
Violino Galrão (1794), Violoncelo Galrão (1781) e Órgão Fontanes (1780-90)
Iskrena Yordanova, Ana Raquel Pinheiro e José Carlos Araújo 
Invenções e Paixões Barrocas 
Sonatas para violino dos sécs. XVII e XVIII de influência italiana

 

5 Novembro
Guitarra portuguesa de Kim Grácio (c. 1960)
Luísa Amaro
Carlos Paredes

 

19 Novembro
Violoncelo Lockey Hill de Guilhermina Suggia (c. 1800) e piano Bechstein de Luiz de Freitas Branco (1920)
Fernando Costa e Luís Costa
Luís de Freitas Branco, Luís Costa e Fernando Lopes-Graça

 

10 Dezembro
Violino Sanhudo (1867) e piano Bechstein (1925)
Daniel Bolito e Duarte Pereira Martins
Sonatas de Beethoven, Brahms e Prokofiev

 

IN: www.museunacionaldamusica.pt